Liderança Inclusiva: Por que diversidade é o novo requisito para o sucesso das empresas brasileiras? q3al

       No mês de junho, quando todo o mundo corporativo volta os olhos para a pauta da diversidade e inclusão, cresce o debate sobre o papel dos líderes em criar ambientes de trabalho mais equitativos. Segundo o relatório “Diversity Wins”, publicado pela consultoria McKinsey em 2023, empresas que adotam políticas de diversidade têm 36% mais chances de superar a média de lucratividade do mercado. 6d3220

     Para o especialista em liderança Gustavo Rocha, com 17 anos de experiência desenvolvendo líderes no Brasil, a inclusão já não é mais apenas um diferencial competitivo tornou-se uma exigência fundamental. “O mercado está mudando, e as pessoas também. O líder que não dialoga com a diversidade perde relevância e engajamento na equipe. É uma questão de resultado, mas também de responsabilidade social”, afirma.

     De acordo com pesquisa do Great Place to Work Brasil, 84% dos colaboradores afirmam que se sentem mais motivados quando percebem que a liderança valoriza as diferenças e incentiva o respeito mútuo. O estudo também aponta que ambientes diversos são mais inovadores: empresas consideradas “inclusivas” lançam, em média, 2,3 vezes mais novos produtos ao ano do que suas concorrentes.

     O desafio, segundo Gustavo Rocha, é que muitos líderes ainda não sabem como agir na prática. “Falar sobre diversidade não basta. É preciso ouvir, acolher, criar políticas claras e dar o exemplo no dia a dia. A transformação começa no topo e se espalha pela cultura da organização”, explica.

    Ainda assim, dados do IBGE mostram que, apesar dos avanços, só 13% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por pessoas negras, e apenas 39% das lideranças são mulheres. A representatividade LGBTQIA+ em cargos executivos segue abaixo de 1%, segundo levantamento da Ethos.

    No mês da diversidade, a reflexão vai além das campanhas: “A pergunta que líderes precisam se fazer é minha equipe sente que pode ser quem ela realmente é aqui? A inclusão verdadeira é percebida no clima, no engajamento e nos resultados. E isso só é possível quando a liderança está aberta ao novo e ao diferente”, finaliza Gustavo Rocha